Inspeção dos cabos de aço: dicas - JCL Cabos de Aço

Inspeção de cabos de aço: dicas para manter a segurança dos cabos nos seus projetos

Inspeção de cabos de aço


Saiba como identificar cabos que precisam ser descartados e substituídos

A inspeção dos cabos de aço deve ser realizada rotineiramente e é imprescindível para garantir a segurança e a qualidade dos projetos onde os cabos estão inseridos. Devido às especificidades de cada segmento, só um profissional qualificado, com conhecimento prático sobre os cabos de aço e com conhecimento técnico sobre as normas e leis nacionais, poderá analisar a atividade e a exposição do cabo de aço e determinar a periodicidade das inspeções.


aplicação dos cabos de aço
A NBR 4309, estabelece alguns parâmetros quanto a isso. Em geral, existem, pelo menos, três tipos de inspeções necessárias:

Inspeção inicial:

Ao receber um novo lote de cabo de aço a ser utilizado, verifique se o material está conforme solicitado em projeto. Para isso, utilize o manual do equipamento ou, ainda, analise as próprias características do cabo de aço recebido.

Inspeção visual diária:

O usuário deve, a cada dia de trabalho, verificar todas as partes visíveis do cabo de aço em operação, com o intuito de detectar sinais de deterioração ou deformação.

Inspeção periódica:

Deve ser executada por uma pessoa qualificada. Sua frequência deve estar baseada em fatores como: leis vigentes; tipo de equipamento; a expectativa de vida do cabo determinada pela experiência anterior ou em instalações similares; agressividade do meio ambiente; relação entre a carga usual de trabalho e a capacidade máxima do equipamento; frequência de operações e exposição a trancos.

Caso o cabo de aço esteja próximo da data de troca, deve-se reduzir o intervalo de tempo entre as inspeções. E, se estiver parado no equipamento por mais de 90 dias, deverá ser examinado, por meio de uma inspeção especial antes do reinício do trabalho.



Pontos que devem ser abrangidos pela inspeção


A inspeção deve abranger especialmente as áreas consideradas críticas, onde se dá início a fadiga e a corrosão dos cabos. Tanto presilhas como terminais devem ser inspecionados, a fim de se detectar trincas ou escorregamento.

Em geral, os principais pontos que devem ser alvo da inspeção, são: ganchos; polias e moitões; tambor de enrolamento; extremidades de cabos móveis e estáticos; parte do cabo que passa através do moitão ou sobre polias.

No caso de equipamentos que realizam uma operação repetitiva, deve-se dar atenção especial: às partes do cabo localizadas sobre as polias (quando o equipamento estiver com carga); parte do cabo sobre a polia de compensação; a qualquer parte do cabo que possa estar sujeita a abrasão por fatores externos; a qualquer parte do cabo exposta à alta temperatura; à área próxima a acessório ou terminais.

cabos de aço em presilhas

Fatores para avaliação de um cabo de aço

Alguns fatores deve ser observados durante a avaliação de um cabo de aço, são eles: número de arames rompidos; arames gastos por abrasão; corrosão; variação no diâmetro do cabo; afastamento entre as pernas; desequilíbrio dos cabos de aço; fixação deficiente; alma de fibra de diâmetro reduzido; e deformações (ondulação; amassamento; gaiola de passarinho; alma saltada; dobra ou nó).

Substituição dos cabos de aço

Não há regra para determinar o momento exato de se fazer a substituição dos cabos, tendo em vista que vários fatores podem interferir nesse processo. Apenas um profissional qualificado poderá avaliar e comparar as condições atuais de determinado cabo de aço, com base nos critérios de descarte definidos por normas específicas para cada aplicação.

Desgaste dos arames

Inspeção em cabos de aço 1

Categoria de resistência dos cabos de aço

Inspeção em cabos de aço 2

Tipos de alma

Tipos de Alma - Inspeção em cabos de aço 3

Tolerância nos canais de polias e tambores

Tolerância nos canais de polias e tambores

Tolerância do diâmetro

Tolerância no diâmetro - Inspeção em cabos de aço

Dicas para manusear e não prejudicar a vida útil dos cabos de aço



1) Evite o estrangulamento (nó) nos cabos, que pode provocar uma torção prejudicial.
2) Não permita que o cabo tome a forma de um laço, para evitar defeitos futuros.
3) Para evitar torções, nós e tensão, ao enrolar um cabo de aço em tambor liso ou bobina, utilize sempre a mesma direção de torção da perna do cabo.
4) Para uso em polias, mantenha a condição ideal do canal da polia, ou seja, sem desgaste ou defeitos superficiais.
Dicas para manusear cabos de aço
polias e canais
Para o bom desempenho do cabo, é importante seguir as orientações que relacionam o diâmetro da polia ou do tambor, com o diâmetro e a construção do cabo de aço. As tabelas indicam a proporção recomendada e a mínima para as diversas construções, bem como a folga mínima e máxima do diâmetro do canal:
construção do cabo de aço e diâmetro da polia ou tambor
Diâmetro nominal do cabo
Nota: Para alguns equipamentos, é preciso consultar a norma regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego, que determina o diâmetro da polia ou do tambor.


5) No armazenamento e transporte, não deixe a bobina ou o cabo de aço em contato com ambientes úmidos, para evitar possíveis corrosões superficiais.
6) Faça inspeções periódicas para impedir a corrosão dos cabos. A corrosão diminui a capacidade de carga, por meio da redução da área metálica, além de acelerar a fadiga. Pode ser detectada visualmente, quando se apresenta na parte externa do cabo. A corrosão interna é mais difícil de ser identificada, porém alguns indícios podem ajudar: (a) variação no diâmetro do cabo; (b) aproximação entre as pernas.
7) Respeite o fator de segurança. Ele representa a relação entre a carga de ruptura do cabo e a carga a que será submetido. O fator de segurança apropriado colabora com a segurança e a durabilidade do cabo. A seguir alguns fatores de segurança para diversas aplicações:
Tipos de serviços e Fator de segurança

Relação entre cargas de trabalho e fatores de segurança:


Carga de trabalho é a massa máxima que o cabo está autorizado a sustentar. A carga de trabalho de um cabo de uso geral, especialmente quando é movimentado, não deve, via de regra, exceder a um quinto da sua carga de ruptura mínima efetiva. O fator ou índice de segurança é a relação entre a carga de ruptura mínima efetiva do cabo e a carga aplicada. Seguir o fator de segurança recomendado garante: a segurança da operação, evitando rupturas; e a duração do cabo, com consequente economia.